Faraó dos Bitcoins é transferido para presídio do Paraná

Gleidson Acácio foi preso na Operação Novo Egito

27/01/2023 08H13

Preso há mais de um ano no Rio de Janeiro, Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, foi transferido para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná.

Glaidson foi preso em agosto de 2021, na Operação Kryptos, acusado de chefiar um megaesquema de pirâmide financeira, que movimentou mais de R$ 38 bilhões, causando prejuízos financeiros a investidores em criptomoedas.

A transferência atendeu a um pedido do Ministério Público Estadual. De acordo com o MP do Rio, Glaidson fazia uso de celular e estava chefiando a quadrilha de dentro da cadeia, em Bangú 1, na zona oeste da capital.

Na decisão que determinou a transferência, o juiz Marcelo Rubiolli apontou problemas na segurança do sistema penitenciário do Rio de Janeiro.

Segundo investigações do MP, Glaidson recebia visitas de pessoas não autorizadas. Uma dessas pessoas é suspeita de organizar homicídios para o grupo criminoso.

O CASO

Gleidson Acácio foi preso durante investigação da Operação Novo Egito, do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco-MPRJ). A ação foi responsável por apurar um esquema de pirâmide financeira que fraudava o investimento em criptomoedas no Rio de Janeiro, liderada pela empresa GAS Consultoria e Tecnologia.

Por meio da firma, o “Faraó das Bitcoins” prometia 10% de retorno do valor empregado pelos investidores, o que não acontecia, conforme denunciaram diversas vítimas ao Ministério Público Federal.

O processo constatou, porém, que parte dos recursos obtidos com o golpe era utilizada para custear aluguel de carros, compra de armas, pagamento de seguranças e contratação de detetives e pistoleiros para assassinar concorrentes e garantir o monopólio do mercado de bitcoins na Região dos Lagos (RJ).

(Com Metrópoles)

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