“Oportunidades: o Presente que Não Vem Embrulhado”

* Por Fran Rocha

22/08/2025 15H23

* Por Fran Rocha

Muitos de nós crescemos em uma realidade onde as oportunidades eram raras e caras. Estudar em uma boa escola, fazer um curso de idioma, viajar para outro estado — tudo isso era, para muitos, um sonho distante. A infância de nossos pais e avós foi marcada por trabalho precoce, falta de recursos e, muitas vezes, pela necessidade de escolher entre estudar ou ajudar nas despesas de casa.

Hoje, ao olharmos para nossos filhos, percebemos que conseguimos oferecer coisas que nunca tivemos: acesso à tecnologia, alimentação melhor, mais tempo para brincar, cursos, viagens, professores preparados. Mas nem sempre eles entendem que isso não é “o normal” — é um privilégio.

A vida, no entanto, não mede todos com a mesma régua. Existem crianças que já nascem com uma enorme vantagem: famílias estruturadas financeiramente, conexões, passaporte carimbado antes mesmo de aprenderem a andar. É por isso que precisamos ensinar aos nossos filhos que aproveitar oportunidades não é opcional — é essencial.

O que muitas vezes esquecemos é que o ponto de partida não é igual para todos. Enquanto algumas crianças já iniciam a vida com acesso às melhores escolas, cursos exclusivos e viagens internacionais, outras precisam lutar para ter o básico. Quem tem mais dinheiro consegue abrir portas com mais facilidade — seja pagando uma formação diferenciada, contratando professores particulares ou garantindo experiências que moldam o futuro.

Essa desigualdade cria uma corrida onde uns já largam quilômetros à frente. Não é apenas sobre “quem se esforça mais”, mas sobre quem tem mais recursos para transformar esforço em resultado. Isso não significa que vencer seja impossível para quem começa atrás, mas exige muito mais disciplina, persistência e resiliência. É a realidade dura que precisamos explicar para nossos filhos, para que não subestimem a importância de cada oportunidade que têm.

A verdade é dura: se começamos atrás, temos que correr mais rápido. Isso não significa viver em competição constante, mas sim desenvolver a consciência de que o mundo não espera por quem desperdiça chances. Cada curso, cada leitura, cada experiência conta.

Precisamos que nossos filhos entendam que as oportunidades que eles recebem hoje — fruto do nosso esforço e da nossa superação — podem ser a diferença entre repetir o passado ou construir um futuro melhor. E que, para aproveitá-las, não basta “ter”, é preciso querer, se dedicar e valorizar.

Porque o mundo lá fora não perdoa o atraso, e, na corrida da vida, só quem reconhece o valor de estar na linha de partida já com recursos na mão consegue chegar mais longe.

Fran Rocha

A vida muda todos os dias, e nós temos que mudar com ela. Ser quatro em um já faz parte das nossas vidas e o segredo é sermos felizes e aprender muito com os ensinamentos da vida. Você vai se identificar, em algum momento, com o que tenho para contar

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