Programa Melhor em Casa assegura atendimento domiciliar multiprofissional de qualidade à população de Guarapuava

Somente no ano de 2022, foram realizados mais de 12 mil atendimentos

27/01/2023 14H50

A primeira equipe do Programa Melhor em Casa de Guarapuava foi habilitada pelo Ministério da Saúde em 2014. A cada ano, o Programa vem sendo ampliado por meio de investimentos em estruturas, equipamentos, equipes, tecnologias e recursos que possibilitem cada vez mais o melhor cuidado do usuário dentro da sua própria casa. 

O Melhor em Casa garante a continuidade do cuidado e a atenção especializada para os pacientes que possuem problemas de locomoção ou alguma dificuldade física. Atua na assistência à saúde e colabora para a diminuição dos riscos de infecções, já que a pessoa assistida está longe do ambiente hospitalar.

“É uma grande conquista e motivo de muito orgulho termos em nosso município e, principalmente, sermos referência no atendimento prestado pelo ‘Melhor em Casa’. Promover um atendimento de qualidade e humanizado é de extrema importância para a população que precisa desses cuidados. Por isso, afirmo que este Programa só tem a melhorar e vamos continuar investindo ainda mais em políticas públicas como esta, com o principal objetivo de entregar qualidade de vida aos guarapuavanos”, enfatizou o prefeito Celso Góes. 

“Os serviços prestados pelas equipes do Programa e da Atenção Domiciliar como um todo, é de extrema importância e essencial para a população que necessita desses cuidados. É por meio deste (Programa) que se torna possível levar saúde aos que não conseguem ir até ela”, destacou a secretária municipal de Saúde, Chayane Andrade.

Atualmente, Guarapuava conta com duas equipes habilitadas pelo Ministério da Saúde, compostas por médicos, fisioterapeutas, fonoaudióloga, nutricionista, assistente social, psicólogo, enfermeiros, técnicos de enfermagem e cirurgião dentista.

Somente no ano de 2022, foram realizados mais de 12 mil atendimentos, incluindo antibioticoterapia venosa, soroterapia, atendimentos com traqueostomia, paracentese de alívio, passagem de sonda nasoenteral com acompanhamento nutricional, fisioterapia motora e respiratória, terapias fonoaudiológicas, medicações por hipodermóclise, dentre outros procedimentos complexos, além de acompanhamentos para pacientes em suporte paliativo em fase final de vida. 

A coordenadora do Programa em Guarapuava, Maria Theresa Melhem Pelissari, explica como ocorre a avaliação do paciente que será assistido. 

“As visitas domiciliares avaliam o grau de dependência do paciente, a capacidade das pessoas responsáveis para o cuidado necessário, bem como, acompanha a pessoa dependente de cuidados até alcançar a alta do Programa. Isso ocorre nos casos de estabilidade e de melhora do quadro clínico, onde os usuários são encaminhados para a Atenção Primária em Saúde (APS). Também nos casos de agudização, os usuários são encaminhados para instituições hospitalares ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Há assistência ainda, no caso de óbito domiciliar”, explicou 

Maria Theresa detalha também, como ocorre o processo de atendimento do paciente em domicílio. “Um dos eixos centrais da Atenção Domiciliar (AD) é a ‘desospitalização’. Isto proporciona celeridade no processo de alta hospitalar com cuidado continuado no domicílio, minimiza intercorrências clínicas, a partir da manutenção de cuidado sistemático das equipes de atenção domiciliar, além de diminuir os riscos de infecções hospitalares por longo tempo de permanência de pacientes neste ambiente. O sistema oferece suporte emocional necessário para pacientes em estado grave ou terminal e familiares, institui o papel do cuidador, que pode ser um parente, um vizinho, ou qualquer pessoa com vínculo emocional com o paciente, e que se responsabilize pelo cuidado junto aos profissionais de saúde. Em resumo, é proposta a autonomia para o paciente no cuidado fora do hospital”, acrescentou. 

Neste sentido, a Atenção Domiciliar (AD) possibilita a desinstitucionalização de pacientes que se encontram internados nos serviços hospitalares, além de evitar hospitalizações desnecessárias a partir de serviços de pronto-atendimento e de apoiar as equipes de atenção básica no cuidado àquelas pessoas que necessitam (e se beneficiam) de atenção à saúde prestada no domicílio, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), possibilitando acolhimento e humanização.

O PROGRAMA 

O Melhor em Casa foi instituído no Brasil em 2011 e integrado ao Programa SOS Emergências na Rede de Atenção às Urgências no âmbito do SUS, por meio da Portaria ministerial nº 1.208 de 18 de junho de 2013. Atualmente ele é regido pela portaria 825, de 16 de abril de 2016. De 2011 a 2014 o Programa passou por um período de expansão, com demanda de cursos, apostilas, cadernos de diretrizes de atendimento entre outros. Em 2016 entra em uma nova etapa de qualificação e potencialização da estrutura e novos procedimentos.

A sede de atendimento do Programa em Guarapuava, está integrada ao espaço do Centro Municipal de Curativos Especiais, localizado na Rua Guaíra, 2069, Alto da Rua XV de Novembro.

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