Quando foi que ele deixou de caber no meu colo?
* Por Fran Rocha
Foto: arquivo pessoal
* Por Fran Rocha
Outro dia, ele mal alcançava a pia. Hoje, escova os dentes sozinho e me diz que “não precisa mais de ajuda”.
Outro dia, ele tropeçava nos próprios passos. Agora, corre com firmeza, segura a mochila nas costas e entra na escola me dando um beijo apressado.
A infância tem pressa. E a gente, muitas vezes cansada, atrasada ou sobrecarregada, só percebe isso quando já passou. Vai ver a gente já brincou de algo pela última vez e ainda nem se deu conta.
É no meio do caos das manhãs, dos brinquedos espalhados, das birras no supermercado e das mil perguntas antes de dormir, que os dias vão passando, e nesse processo também, a gente vai envelhecendo junto. E enquanto eu dizia “Já vou”, você crescia. E, sem perceber, os pés pequenos, os quais por sinal já utilizam o mesmo número de calçados que o meu, já não cabem mais no colo, a mão que procurava a nossa na rua agora prefere ir sozinha, e o quarto cheio de bichinhos de pelúcia vai dando lugar a pôsteres de banda ou frases na parede.
Eles crescem rápido. Mais rápido do que a gente gostaria.
E, às vezes, a culpa aperta: será que aproveitei o suficiente? Tirei tempo pra ouvir? Deixei o celular de lado quando eles só queriam me mostrar um desenho? Disse “eu te amo” com a frequência que deveria? Soube te acolher nos seus momentos de tristeza? Fui porto seguro quando você precisou?
Mas ser mãe não é sobre perfeição. É sobre presença.
E ainda dá tempo. Sempre dá. De olhar nos olhos. De rir junto. De dizer “vem aqui no colo, mesmo que já esteja grande”. De abraçar e criar novos momentos de alegria e afeto.
Porque no fim, quando eles crescerem — e vão crescer — o que vai ficar com eles (e com a gente) é exatamente isso: os detalhes. O cheiro do bolo no fim da tarde, o cafuné antes de dormir, a forma como nossos braços sempre estiveram abertos, as tradições que criamos juntos e a maneira que os ensinamos a amar e ver o mundo.
A infância é breve. Mas o amor que plantamos nela… esse é eterno.

Fran Rocha
A vida muda todos os dias, e nós temos que mudar com ela. Ser quatro em um já faz parte das nossas vidas e o segredo é sermos felizes e aprender muito com os ensinamentos da vida. Você vai se identificar, em algum momento, com o que tenho para contarDeixe seu comentário:
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